Com certeza, muitos dos nossos irmãos,
quando lerem a palavra maldição, vão
sentir o desejo de ler a matéria (e eu torço para que isso aconteça) a fim de
se “interarem” mais sobre esse tema tão usual no dia-a-dia do crente, já que
nós, exercitando nosso “crentês” (língua falada pelo crente), não podemos
deixar passar a oportunidade de nos “aprofundarmos” no assunto.
Pois bem, há bem pouco tempo, eu estava
pesquisando uns artigos para o meu novo livro “Verdade Seja Dita” e me deparei
com uma enxurrada de crentes que se dizem nascidos
de novo, mas que, na verdade, morrem
de medo do diabo, da preta-velha, do saci-pererê, do Zumbi dos Palmares, dos
Flinstones, da Xuxa... E que, infelizmente, não temem, não têm medo de Deus. E olha que a Bíblia é muito clara
ao nos alertar de que “O princípio da
sabedoria é o temor a Deus.” (Provérbios 9:10) e que “Horrível coisa é cair nas mão do Deus vivo.” (Hebreus 10:31).
Mas o que eu encontrei, repito, foi um
exército de evangélicos (nascidos de novo), mas morrendo de medo de tudo,
quiçá, até da própria sombra (se alguém vier a “ensinar” que sombra é
assombração e que como sombra vai assombrar [blá blá blá])... Evangélicos que
acreditam em tudo que é dito, sem se importarem em pelo menos conferir a
“veracidade” dos fatos, sem investigarem de onde surgiu tal “verdade” ou boato.
Nesses tempos em que a internet
(verdadeiramente) impera na vida dos seres humanos, é muito mais fácil fazer
com que se alastrem notícias, “verdades”, “revelações”...
Eu fico triste e preocupada com o tempo
que se perde lendo, comentando, pregando a respeito de coisas satânicas,
mensagens subliminares... classificando onomatopeias
(figura de linguagem em que a pronúncia da palavra lembra ruídos [atchim];
gritos [yahoo!]; canto de animais [cocoricó]; sons da natureza [chuá]; barulho
de máquinas [brum, brum]; sons de festividade [tim-tim]; som de instrumentos
musicais [paticumbum], etc., que – desprezando-se a gramática – viram termos
satânicos, viram evocações demoníacas...
Antes de continuar, deixo bem claro que
sou crente em Jesus, sou evangélica há mais de vinte e cinco anos, professora em Escola Bíblica
(Bibliologia e Hermenêutica) e não
condeno a função pastoral, desde que, além da sabedoria, o pastor tenha discernimento e não aja como um
“papagaio” que fica repetindo o que escuta, ou o que lê, sem se aprofundar no
assunto, ou que – o que é pior – ouça algo como “Carolina de Sá Leitão” e, por
conveniência, por falta de cultura, por pura “idiotice” passe adiante um
“Caçarolinha de assar leitão”, fazendo-nos tropeçar e nos perder em coisas que
não edifiquem ou que não contribuam para a nossa vida de libertos em Cristo.
Quando esse tipo de atitude parte de um
líder espiritual, de um pastor que, obrigatoriamente,
deveria ter sabedoria, inteligência e discernimento, na verdade essa pessoa
está “fazendo com que o cego erre o caminho”. Na verdade, está fazendo com que
a nossa salvação fique “dando voltas no deserto” quando poderia ser conquistada e consolidada apenas e tão-somente com os ensinamentos bíblicos.
A Bíblia traz em Deuteronômio 27:18 que:
“Maldito aquele que fizer o cego errar o caminho.”
E é o que fazem essas pessoas que ficam,
como acontece em teatro, “fazendo barrigada” ou “enchendo linguiça” com
acréscimos intermináveis e injustificáveis, como se a Palavra de
Deus não nos bastasse.
Chegamos às igrejas muitas vezes – ou
quase sempre – cegos. Não conhecemos Jesus, não conhecemos a Verdade e caímos
nas mãos daqueles que engrossam as fileiras dos que preferem levar o cego por
caminhos tortuosos.
Bastariam os ensinamentos de Jesus
Cristo para que alcançássemos a salvação. Ensinamentos básicos, como abrir
a boca, confessá-Lo como único Senhor e Salvador, crer que Deus o ressuscitou
dentre os mortos, passar pelo batismo do arrependimento, com água, para
o perdão dos pecados. E, claro, a partir daí, na certeza de que Jesus Cristo
salva, cura, batiza com o Espírito Santo e que voltará, de acordo com Sua promessa,
passemos a ler, estudar a Bíblia, meditar nas Escrituras, conforme Ele mesmo
nos exortou/ensinou e, reconhecendo-nos como pecadores, pois “não há um justo sequer... Não há quem faça
o bem, não há nem um só.” (Romanos 3:10, 12), busquemos sempre a
santificação, busquemos sempre as coisas do Alto, moldando em nós o caráter de
Cristo que é o fruto do Espírito.
“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio...” (Gálatas 5:22)
Notemos: não são os frutos; é o fruto. O
fruto do Espírito traz em si todas essas virtudes. É como se fosse uma fruta
com nove sementes, cada qual com sua importância, e são sementes prontas para
frutificar. Quem tem o fruto do Espírito
tem em si o caráter de Cristo. E frutifica no reino, na obra, no dia-a-dia.
Nós vamos falar, sim, sobre maldição. Mas peço a quem se interessar
por essa matéria que se desarme, que deixe de lado a “viseira” imposta por
superiores. Peço que deixe de lado a ideia pré-concebida, ou a ideia concebida
através da leitura de textos preparados
para “doutrinar” um exército de “imbecis” subjugados à vontade daqueles que
deveriam ser os primeiros a nos levar a conhecer a VERDADE, pois só a VERDADE
nos liberta.
A Bíblia diz em João 8:31-32:
“Jesus dizia, pois, aos
judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos. E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”
Primeiro, é necessário que entendamos
bem o texto acima. Observemos bem. Quem está falando ali, aos discípulos, é o próprio Jesus. E ele diz aos
discípulos: “se permanecerdes na minha
palavra”. Na palavra dEle, de Jesus!
Por que, então, que como um bando de “alienados”, perdemos nosso tempo – muitas
vezes nossa identidade – dando ouvidos a “outras palavras”? Dando ouvidos a
palavras de homens cuja função –
entre outras condenáveis e desprezíveis – é complicar um Deus (Jesus) que é tão
simples, tão direto e tão verdadeiro?
Notemos mais: Ele diz: “sereis meus discípulos”. Discípulos de Jesus. Quem segue a Jesus, quem
(pelo menos) tenta ser como Ele, é discípulo
dEle! Por que, então, perdemos nosso tempo seguindo ideias, ensinamentos,
complicações arquitetadas por homens cuja função, repito – entre outras
condenáveis e desprezíveis – é complicar um ensinamento que resume, sintetiza
toda lei e os profetas num único mandamento: “Amai-vos uns aos outros”, claro, amando a Deus com todo o nosso coração, com toda a nossa alma e com
todas as nossas forças.
Amar uns aos outros é tolerar, respeitar;
é reconhecer valores; é não desejar ao outro o que não queremos que aconteça
conosco.
Continuando no versículo destacado
acima, temos ainda: A verdade vos
libertará. A verdade é Cristo. E Cristo sem complicações. Ele mesmo disse:
“Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai,
senão por mim.” (João 14:6)
Então temos, direto da boca de Deus: “E
conhecereis a verdade”; e “Eu sou a verdade”.
Dito isso, vamos adiante. Notemos que os
verbos conhecer e libertar (conhecereis a verdade e a
verdade vos libertará) estão no futuro: conhecereis (vocês vão conhecer);
libertará (a verdade vai libertar). Bem, se nós cremos em Cristo, é porque O
conhecemos (Ele é a Verdade). Se O
conhecemos, se cremos em
sua Palavra, em seus ensinamentos, então temos já que ser libertos. É uma questão de lógica: se quando conhecermos
a verdade, a verdade nos libertará, e a verdade é Cristo, repito, não é lógico
que já sejamos libertos?
Daí, eu pergunto: Se já conhecemos a
verdade, por que não somos ainda
libertos desse emaranhado de ensinamentos
que não têm outro objetivo que não o de levar-nos cativos a ideias, ensinamentos, “revelações” sem base bíblica, sem
base científica, sem base espiritual?
Se a Verdade nos “libertará”, por que então que, ao conhecermos essa verdade, nos prendemos a dogmas e ensinamentos que nos colocam medo, opressão, que nos
subjugam e nos deixam – repito – presos,
cativos a ensinamentos vãos? Vão
significa: debalde, inútil, sem base
(nesse caso, sem base bíblica).
Se a verdade é Cristo, e se Cristo levou cativo o cativeiro, por que nos
deixamos, então, ser caçados, presos e
domados por homens que muitas vezes querem apenas ter seguidores, e que “em
nome de Cristo” cometem absurdos, desmandos, ou ainda, insanidades, e que “em
nome de Jesus” tentam roubar-nos o discernimento, a inteligência, o livre-arbítrio,
a vontade própria...
“Por isso diz: Subindo ao
alto, levou cativo o cativeiro, e
deu dons aos homens... Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.”
(Efésios 4:8)
Ele não só nos tirou do cativeiro, Ele tirou o cativeiro de nós! Não há
cativeiro, com isso, não há mais cativos. Estar, ou ser cativo, para quem não sabe, significa: estar ou ser prisioneiro (por que ser prisioneiro, se Cristo nos libertou?). Ser seduzido por algo ou alguém (a Palavra nos alerta a não nos deixarmos
seduzir por ensinamentos vãos); ser ou estar obrigado a fazer algo; atraído
por alguém ou alguma coisa; estar sujeito
ou subjugado a alguém (Jesus disse que o jugo dEle é suave, por
que nos deixarmos ser subjugados por astúcia de homens insensatos?). Ser cativo
é ser ESCRAVO!
“Fostes comprados por bom
preço; não vos façais escrevos dos
homens.” (I Coríntios 7:23)
Vejamos o que mais diz a Bíblia sobre maldição:
“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque
está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro.” (Gálatas 3:13)
Então, eu fico meditando sobre essa
palavra acima e me perguntando: Se a Bíblia, a Palavra de Deus (na qual todo
crente/cristão crê) me diz que Cristo
nos resgatou da maldição, por que, então, eu devo viver dia e noite caçando
“chifres na cabeça de cavalo”? Seria o meu Cristo tão fraquinho que, mesmo
depois de tamanho sacrifício, tudo tenha sido em vão? Se o meu Cristo, do qual
fala a Bíblia, venceu a morte, venceu o mal... será que deixou uma
“maldiçãozinha” aqui e outra ali para que nós nos desviássemos do alvo,
enquanto estivéssemos à procura delas para “apimentar” nossa “aventura de
viver”? Ou viver é tão importante, tão sagrado que até vida em abundância Ele nos
dá?
Na Palavra de Deus, o próprio Jesus nos
diz que quem procura acha! Está lá em Lucas 11:9: “E eu vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei,
e abrir-se-vos-á.” (Tb. Mt 7:7). Isso mesmo, buscai e achareis! E ele não diz que é só coisa boa não! É geral! Você vai buscar/procurar e vai
encontrar. Quem procura bênção, encontra bênção; quem procura encrenca,
encontra encrenca; quem procura maldição, encontra maldição. Foi Ele quem
disse!
Então,
vamos parar de fazer papel de bestas e ficar procurando a besta em tudo!
Mas vamos às “maldições”:
POCAHONTAS
Li o que falavam do desenho da
Pocahontas. Achei interessante pra não dizer cômico. Melhor dizendo, seria
cômico se o assunto não fosse tão sério. Em várias matérias escritas (a meu
ver) por “maldiçaonistas” de plantão, dizia-se que Pocahontas significaria
“espírito do abismo”. Isso porque, no filme (que ninguém é obrigado a assistir)
a índia chama, na beira do abismo, pelo espírito da avó... A indiazinha só
fazia isso porque os índios acreditam que os espíritos dos guerreiros, dos
caciques, dos parentes, dos mortos em geral continuam a vagar pelas planícies,
pelos abismos, pelas selvas. Mas o filme da Pocahontas é PURA FICÇÃO! A mesma
ficção encontrada em Mib – Homens de Preto; O Exterminador do Futuro; Aliens,
etc. Os caras (autores) imaginam, dão asas à imaginação e escrevem. Vem um
diretor e transforma em
filme. Mas se os “maldiçãonistas” de plantão procurassem a história real, conheceriam a Pocahontas
que existiu e que inspirou esse filmezinho.
Índia sim, cujo nome era Matoaka. Apelidaram-na de Pocahontas
que, na língua dos Powhatan, significa “menina
mimada”. Essa verdadeira Pocahontas (romanceada em desenhos e filmes à
imaginação do autor), em meados de 1613/1614, vivendo na corte inglesa, foi evangelizada
por Alexander Whitaker, recebeu o
batismo e escolheu o nome cristão de Rebecca. Mais tarde casou-se com John
Rolfe, ficando com seu sobrenome: Rebecca Rolfe.
Mas os caçadores de maldições (curses
hunters) preferem colocar medo nos pais para que proíbam as crianças de
assistirem ao filme.
Espírito
do abismo... Eu chego a
ficar ABISMADA com uma coisa dessas. Cá pra nós: esse espiritozinho aí seria
mais forte que o Espírito Santo?
Por que não deixar que assistam e depois
ensinam na escola bíblica que espíritos dos mortos não ficam vagando, que isso
é uma crença dos índios, porque eles não conhecem Jesus?... Mas isso dá muito
trabalho, não é? Bem... Daqui a pouco vão dizer que o lendário “bicho-papão”
existe e que é o demônio responsável por papar almas de criancinhas...
Não se esqueçam do que eu declarei no
início: sou crente evangélica, há
mais de vinte e cinco anos, sou professora em Escola Bíblica
(Bibliologia e Hermenêutica). Não estou criticando os meus irmãos em Cristo,
estou criticando, sim, os que buscam maldição, mensagens subliminares e satanás
de todo o coração (porque se dedicam
de corpo e alma nisso) na “infeliz tentativa” de fazerem as pessoas cativas do
medo.
RATIMBUM
Esse, então, extrapolou os limites. Li,
em matérias dos que caçam o diabo em tudo (como
seria bom se procurassem Deus em tudo...) que Ratimbum é um demônio da
hierarquia demoníaca e que quando cantamos “ratimbum” numa festa, na verdade
estamos dizendo “está amaldiçoado”. Jesus! Acenda a luz na cabeça desse povo!
Tenha misericórdia!
No meu caso, fico até tonta com isso,
principalmente por ser do Rio de Janeiro, lugar onde existe o maior número de
onomatopeias do mundo! E não confundamos onomatopeias como um parente da
centopeia. Já mostrei acima que é a figura de linguagem em que a palavra imita
sons. A bandinha de música, uma fanfarra animada, faz Rátátá (som da caixa, instrumento parecido com pandeiro, porém fazendo
uso de baquetas); Tim (som dos
pratos); Bum! (som do bumbo). Tudo
junto fica assim: Rátátátimbum (é o som básico da fanfarra). Daí, como esse
termo é brasileiro e carioca, e como
o brasileiro abrevia tudo (vossa mercê = vosmecê = você = cê = vc), achou-se
melhor, mais sonoro e rápido imitar o som abreviado, ficando ratimbum! É como se depois de “parabéns
pra você” (para que venham bens para
você) o aniversariante fosse tão importante que teria até uma
banda/fanfarra. Daí, os convidados imitam esse som.
Uma escola de samba do Rio de Janeiro –
a Império Serrano – em 1982, ganhou o prêmio com um samba intitulado “bumbum
paticumbum prugurundum”, dizendo logo depois dessa onomatopeia – imitação do
som de instrumentos – “o nosso samba, minha gente, é isso aí”. Se a moda pega e
os convidados, ao invés de imitarem uma fanfarra resolvam imitar o som de uma
escola de samba, não demora muito para os caçadores
de maldições elegerem outro demônio, talvez
pai do ratimbum, cujo significado seria... vejamos... que tal: “Tu ‘tá’
amaldiçoado, condenado, estropiado e, o que é pior, tu ‘tá’ pobre ‘mermo’!” Ao invés de
druidas celtas, como dizem os caçadores, para o ratimbum, que é um termo que só
EXISTE NO BRASIL, o termo bumbum
paticumbum prugurundum, por causa do “mermo” seria, então, saudação
satânica de um pai-de-santo carioca, mangueirense e flamenguista. Boa
sugestão, não é? Enfim...
YABA-DABA-DOO
/ YABADABADU
Saudação do Fredy Flinstones quando algo
dá certo, quando ele recebe boa notícia, quando está muito feliz e,
principalmente, quando toca o sinal no trabalho encerrando o expediente.
Isso pra nós, claro, que apenas curtimos
as trapalhadas dos personagens. Porém, há poucos dias, ouvi de um pastor um
significado tão demoníaco que os “maldiçãonistas” de plantão arranjaram para
esse grito de alegria do Fred, que nem consigo me lembrar...
Sabem quando um político inventa coisas
a respeito de outro para que não se vote nele? Pois é. Acontece o mesmo nesses
casos de atores, filmes, desenhos que fazem sucesso. Os líderes, incompetentes para aconselhar e convencer
os fiéis de que se deve dar mais atenção para as coisas de Deus, preferem
um caminho mais curto, colocando medo nos desavisados, naqueles que acreditam
que os líderes são santos e que sabem absolutamente tudo, quase os endeusando.
Se o Roberto Carlos faz sucesso, tem
pacto com o demônio. Se a Xuxa faz sucesso, tem pacto com o demônio.
Por falar em Xuxa, li uma entrevista com
a Aline Barros, pra quem a Xuxa abriu espaço no programa, e ela, a Aline, em momento
algum cita qualquer “endemoniação” por parte da Xuxa, ao contrário, diz que a
admira e que é uma pessoa legal. Tão legal, não é, irmãos, que a Aline até
cantou pra ela “Minha rainha, minha
estrela encantada, você é iluminada pelos raios da paixão”. Abafaram o
caso? Sim! Não é bom que as pessoas vejam a Xuxa simplesmente como atriz que é.
Porque os líderes espirituais JAMAIS
aceitarão concorrência!...
O Cid Guerreiro, ao se converter ao
evangelho (o autor de “Ilariê”, música que os caçadores de maldição diziam que
o diabo falava ao rodar o disco ao contrário) disse o quanto havia tomado birra
do evangelho e dos crentes por essa insanidade
de dizer que ele havia feito pacto com o diabo para fazer a música. Ele foi
entrevistado no programa Balaio.
Então, devemos crer que só o diabo dá vitória? Que Deus não é
poderoso o suficiente para proporcionar o sucesso às pessoas de talento?
O cara luta para conseguir o seu espaço,
dá duro, compõe músicas românticas, que falam de amor, ou música infantil, pede
a Deus para abrir as portas (independentemente da religião, ele crê e espera em
Deus). Quando o sucesso chega... foi por obra e graça do DIABO?!?!?!
Por que dar glórias ao DIABO? Por que
dar tanto crédito a ele?
Em relação ao Iabadabadu, por exemplo, os crentes satanistas (só posso
classificar assim um crente que vive em função de fazer apologia ao diabo),
simplesmente porque o desenho e o filme fazem sucesso há décadas, decidem que o
grito de alegria é evocação às forças do mal. Pra quê? Pra que as pessoas (adultos
e crianças) não se desviem de seu jugo, de suas rédeas. Por quê? Porque senão
os seus “marionetes” (pois é assim que tratam os membros de suas igrejas) vão
trocar o culto pelo cinema, ou a escola bíblica pelo DVD.
Estou me lembrando de outro desenho da
minha infância. Havia o coelho Ricochete e ele dava gritos de guerra assim: Yahoo! Yacadá! Yacadácadácadácadá! Se o
desenho tivesse feito o mesmo sucesso dos Flinstones, dos Simpsons, da Turma da
Mônica (em que os maldiçãonistas só veem o “coisa ruim”), o que significaria o
grito do coelho Ricochete? Quero nem especular. Boa coisa não ia sair mesmo!
Se
você procura, com certeza vai achar. Sejam formas de animais nas nuvens, seja o diabo falando num
disco ao contrário. Nesse caso, o diabo não vai estar lá, mas a pessoa procura com tanta fé que acaba achando.
Eu, às vezes (e me desculpem meus
irmãos), sinto até certa vergonha de dizer que sou crente. Não de dizer que
creio em Jesus. Claro
que não! Desse eu não me envergonho mesmo! Mas me envergonho de dizer que sou
crente, ou, o termo mais usado: evangélica. Por quê? Irmãos, com essas
sandices, com esses desatinos, com essa atitude de “Maria vai com as outras” do
crente, pessoas debocham da gente! Riem da nossa cara, por causa da idiotice
dos caçadores de maldições... A ponto de, por exemplo, o grupo Engenheiros do
Havaí, na música Ilusão de Ótica, ter feito de propósito para pegar os tolos.
Eles colocaram uma frase toda ao contrário no disco, e quando os caçadores de
maldições rodam o disco ao contrário, ouvem claramente: “Por que você está
ouvindo isto ao contrário, o que você está procurando, hein?” Fizeram de
propósito para ridicularizar os
fanáticos por inverterem todas as músicas que ouvem. Aliás, como o grupo mesmo
diz: “são ótimos consumidores que compram tudo o que sai para ouvir ao
contrário!” Que vergonha, meu Deus!
Mas suponhamos, por alguns segundos, que
os maldiçãonistas tenham razão. E daí? Em que eu devo acreditar? A Palavra de
Deus me diz que:
Como ao pássaro o
vaguear, como à andorinha o voar, assim a maldição
sem causa não virá (Provérbios 26:2)
MALDIÇÃO SEM CAUSA NÃO VIRÁ! Isso é
verdade! Isso é Palavra de Deus!
Na minha opinião, quando a pessoa fica
caçando maldição, está dizendo pra Cristo: “Jesus,
Sua Palavra não me basta. Tomara que o Senhor não tenha levado toda a maldição
sobre si, porque eu preciso de maldição para viver... Bênção não dá IBOPE, não
faz correr adrenalina, é maçante... Prefiro o campo da maldição.”
Ficamos sendo vistos como pessoas que
pregam que Cristo é a cabeça da Igreja, mas
não tiramos o diabo da cabeça...
E é por isso que o Evangelho parou.
Porque o crente NECESSITA do diabo como um mal-necessário
para o “crescimento” da igreja. O povo precisa ter medo do diabo, do olho
gordo, da inveja, da maldição, precisa fazer correntes, campanhas, passar pela
fogueira santa, pela tenda dos milagres, precisa fazer banho de descarrego...
Ufa! É pelo medo que preferem atrair os “perdidos”. Aí eu pergunto: somos
crentes, ou “boacumbeiros”?
Os apóstolos – a Bíblia nos mostra – praticamente
não falavam de diabo, satanás, inimigo, inferno... Eles pregavam, sim, as
boas-novas, o evangelho, o perdão, o amor, a misericórdia, a salvação. Por isso
a igreja crescia. Eles GANHAVAM almas. Não ATRAÍAM almas. Eis a diferença!
Vamos crescer, irmãos! Vamos parar de
fazer referências e de perseguir os espíritas kardecistas ou de que segmento
forem, os rosacruzes, os umbandistas, as Testemunhas de Jeová, mórmons, etc.
Deixemos que Deus cuide disso. Ele não
nos constituiu juízes da humanidade.
“Que direito temos de nos achar melhores
do que os outros? Quem nos constituiu
juízes dos homens? Não há lugar pra segregação entre os homens. Cristãos,
judeus, hinduístas, muçulmanos, espíritas, ateus, estão todos em um mesmo
barco. A distinção entre passageiros de
primeira classe, da classe executiva e da classe econômica perde completamente
o sentido quando o piloto anuncia que o avião está caindo.” (www.extremosulgospel.com.br/jesus-transgressor-de-fronteiras).
“Deus não nos fez juízes de ninguém. Ele nos fez amigos. E
amigos entendem, amigos se dão as mãos, amigos oferecem ombros, amigos
respeitam as decisões dos outros e desejam a felicidade para eles acima de
tudo. Antes de julgar, ore. Antes de
falar, reflita.” (www.leticiathompson.net/amor_e_costume.htm).
Até porque, se isso não acontecer, continuaremos a ser vistos não
como povo de Deus, mas como povinho que
se diz de Deus, mas que na verdade não passa de um povinho preconceituoso,
hipócrita, que quer fazer o papel de Deus, quer acusar, julgar e condenar.
Se tão-somente seguirmos o Mestre,
seguiremos sua lição no sermão da montanha: “Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados,
perdoai, e sereis perdoados, dai e dar-se-vos-á...” ( Lc 6: 36-38)
Não precisamos ser coniventes, mas
TOLERANTES. Jesus ensinou a tolerância (Lucas 9:49-50). João chegou para Ele
dizendo que viu um homem que, em nome de Jesus, expelia demônios, e que ele,
João, não achava isso certo, pois aquele homem não os seguia, não seguia Jesus.
Então, o Mestre respondeu que não deviam proibir. Disse-lhe que deixasse, pois quem não é contra o evangelho, é a favor.
O que Ele quis dizer com isso? Simplesmente que Ele procurava seguidores, que
criam nEle, que pregassem o Evangelho, independentemente da “marca”, da “placa”
da “denominação”. Em Marcos 9:38-41 essa passagem está mais detalhada.
Eu já começo a me preocupar com esse
desenho que a Discovery Kids apresenta e que já faz grande sucesso entre adultos
e crianças de todo o mundo: Os
Backyardgans. O desenho é envolvente, criativo, educativo. As músicas são
excelentes.
Eu me preocupo, pois não vai demorar
muito para que os crentes satanistas caçadores
de maldições, a fim de brecarem a audiência, façam medo e obriguem os pais
a proibirem que seus filhos assistam. Vão criar uma “maldiçãozinha básica” para
o desenho. O que será? Se vale uma sugestão, poderão dizer que o Pablo (por ser meio mexicano,
boliviano, sei lá) tem o espírito do vício da maconha e cocaína, e, em
“mensagens subliminares” vai fazer com que desperte a vontade do vício nas
crianças. Vejamos: o Tyrone, por se
assemelhar a um alce, poderão dizer que traz o espírito do homossexualismo
(alce, veado... gay); Vamos adiante: a Uniqua...
bem, poderão dizer que o U, na verdade, seria uma mensagem subliminar de I,
daí, a personagem seria Iníqua, de iniquidade; Mais: a Tasha lembra Natasha, que abreviado poderá ser Sacha. Daí, vêm os devaneios,
Sacha, Xuxa, satanismo... Ufa!!! Quanta criatividade! E ainda: Austin. O que poderíamos inventar? Ah,
já sei, de trás pra frente, fica Nitsua. Daí, é só inventar um demoniozinho com
esse nome. Pronto!
Fica aqui a minha sugestão para os
“satanistas crentes em Cristo caçadores maldiçãonistas de plantão”.
nilmarialima@hotmail.com