quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

IMPRESSORAS EPSON (Mais uma vez, é o consumidor quem sai perdendo)

Até quando continuaremos sendo subjugados à vontade das poderosas empresas que, no afã de ganharem mais e mais, desrespeitam os mais básicos direitos do consumidor?

Lembro-me que há alguns anos (muitos anos, na verdade), na compra de um automóvel zero km, o contrato trazia uma “garantia opcional” ou “garantia maleável” – sei lá que nome se dava a isso – que terminava quando atingia um ou outro limite, por exemplo: “três anos de garantia ou ‘tantos’ quilômetros rodados, o que vier primeiro”.
Lembro-me, também, de uma reportagem num telejornal que informava que um promotor do Espírito Santo havia entrado com uma representação contra esse tipo de garantia, pois o consumidor saía perdendo com o termo “o que vier primeiro”. Então, o tribunal, acatando a denúncia, obrigou que as montadoras e/ou concessionárias substituíssem o termo para “o que vier depois”. Nesse caso, se o consumidor rodasse os quilômetros estipulados antes dos três anos, como exemplificado, podia continuar contando com a garantia até completar os três anos. Se por outro lado, um motorista que não saísse muito com o seu carro e em três anos ainda não houvesse rodado a quilometragem-limite, poderia continuar usufruindo da garantia até atingi-la.

Agora, voltando ao assunto EPSON. Muito interessante a propaganda das novas impressoras Epson que nos convence que é melhor trabalharmos com quatro cartuchos (preto, ciano, majenta e amarelo), pois, de acordo com a propaganda (a meu ver enganosa), o usuário só precisa trocar o cartucho que tiver acabado.

O que a propaganda não diz é que: se apenas um cartucho acabar, independentemente da cor, o sistema implantado pela Epson faz com que a impressora simplesmente pare de imprimir.

Vejamos: Se o ciano acaba, ainda que o amarelo, o majenta e o preto estejam novinhos (cheios), o consumidor não consegue imprimir nem um bilhetinho, mesmo que esse bilhetinho utilize apenas a tinta preta (uma carta comercial, por exemplo), ou seja, passamos a ser reféns de uma vontade unilateral que não nos dá nenhuma outra opção.
Reiterando: Três cartuchos cheios, inclusive o preto, que precisamos para imprimir uma carta comercial, mas não conseguimos executar o serviço de impressão, pois a EPSON resolveu que, ainda que eu precise apenas de uma cor, a impressora só vai funcionar se os quatro cartuchos estiverem com tinta.
E a propaganda enganosa grita aos quatro ventos: Você só vai precisar trocar o cartucho que acabar...

Sinto-me, como muitos outros consumidores arrependidos, que fui ENGANADA, passada para trás!

Que a Epson invista num sistema de cartuchos com chips, que evite que a máquina reconheça um cartucho “pirata”... Isso, acredito, é até direito da empresa, mas CONDICIONAR o funcionamento da impressora aos quatro cartuchos... isso já é um pouco demais.

Temos exemplo da Canon/Elgin que funciona com apenas um cartucho, se esse for o colorido.
Temos exemplo da HP que funciona com apenas um cartucho (seja esse colorido ou preto), sendo que as duas marcas citadas ainda aceitam cartuchos recarregados ou similares.

Então, eu pergunto: É na marra que a Epson pretende prender/fidelizar os clientes?

Se até as operadoras de celular já estão (até mesmo por força de lei) oferecendo aparelhos desbloqueados, por que então a EPSON adota esse retrocesso?

Resumindo: Vou quebrar a minha Epson Stillus TX 125 e comprar uma
HP multifuncional. Quero, no mínimo, respeito! Ah, e vou fazer jus ao cargo que ocupei durante muitos anos: promotora/demonstradora de produtos.

Como demonstradora eu conseguia transformar o benefício do produto em necessidade para o consumidor, então, dá para imaginar no que eu posso transformar o malefício de um produto...

Leiam mais artigos em www.oartigo.com e no Blog (http://blogdanilmíssima.blogspot.com)

domingo, 30 de outubro de 2011

Carta Do Lula

A MÃE DO PROUNI

Sequer seria necessário exame de DNA.
Bastaria um pequeno EC (Exame de Consciência) para que a adorável “Senhora Dona República Federativa do Brasil” reconhecesse o devido valor de “Alguém do Povo”.
Em 2002 eu lançava, no mês de julho, em Belo Horizonte, o livro “À Senhora Dona República Federativa do Brasil; Remetente: Alguém do Povo”. Foi uma bonita festa, no salão nobre do Hotel Financial, e contou com a presença de alguns (nem tão) ilustres políticos.
Em maio de 2002 (portanto antes do lançamento), enviei uma carta e um exemplar do livro ao, então candidato, Lula, e recebi sua carta-resposta (junto com vasto material de campanha) em setembro daquele mesmo ano.
Quando o governo lançou o ProUni, em setembro de 2004, através da Medida Provisória nº 213, publicando logo a seguir o Decreto nº 5.245 (outubro) – o que deixou deputados e senadores não muito contentes, pois não houve votação por parte do Legislativo, haja vista ter sido lançado diretamente pelo Executivo – muitos amigos me telefonaram ou mandaram emails perguntando-me se eu “ia deixar barato”... Alguns até sugeriram fazer uma concentração em frente ao Palácio do Planalto para exigir do Presidente Lula uma retratação do tipo “dai a César o que é de César...”.
Confesso que me senti tocada pela possibilidade de “aparecer”, quem sabe até ser entrevistada e, enfim, “botar a boca no trombone” como os amigos e conhecidos tanto me incentivavam, mas havia um porém, ou melhor, vários “poréns”, dentre eles o fato de, no dia do lançamento, ter ouvido de um político a perguntinha fatal: “Você não tem medo?” Eu respondi, na ocasião, que o que havia no livro era também mencionado pelo Ratinho, pelo Casseta e Planeta, Faustão, etc., ao que ele contra-argumentou dizendo: “Tudo bem, eles falam mesmo, mas você escreveu e assinou...” Outro porém foi dado pelo deputado que faria o discurso de apresentação do livro. O nobre político pediu para ler o livro antes do lançamento para, claro, dali tirar o seu discurso. No dia seguinte ligou para a promoter e disse que não poderia fazer o discurso (que ele já havia aceitado), pois... bem, veio com uma desculpa do tipo “esqueci o feijão no fogo”. E ainda disse algo como “essa autora é muito ‘bocuda’”. Confesso que tenho mesmo os lábios meio grossos, mas... não era nesse sentido que ele havia se pronunciado.
Então, visitei as livrarias onde eu havia deixado alguns livros e os recolhi. Feito isso, também “me recolhi à minha insignificância”, e passei a presentear alguns amigos.
Na Conferência da Juventude de 2004, em Brasília, vários deputados que estiveram presentes ao evento receberam um exemplar. Alguns até posaram com o livreto na mão. Mas daí, eu gritar aos quatro ventos... Sim, para isso ainda faltava coragem.
Mas agora, quase dez anos depois, resolvi “mostrar as caras”. Não que eu tenha perdido o medo de retaliações, mas porque não aguento mais as pessoas olharem para mim com cara de compaixão quando, ao presenteá-las com o livro, digo ou escrevo que “foi este livro que inspirou a criação do ProUni”.
Então, aí está, ou melhor, aqui está, no meu blog, a carta-resposta do Lula (quando ainda era apenas um candidato).
Leia o artigo “Carta do Lula”.
Ah, o original e as cópias autenticadas estão comigo.
Beijíssimos a todos!

domingo, 9 de outubro de 2011

PROMOÇÃO NESTLÉ UM MILHÃO NA MESA: CONSUMIDORES LEVADOS AO ENGANO

Descuido... ou Má-fé?!?

Quem não gostaria de estar diante do Silvio Santos, e com a chance de levar pra casa uma bolada de 1 milhão de reais?! Até eu “que sou mais boba”. Porém, não sei se por descuido, ou por má-fé, a propaganda leva centenas de consumidores ao engano.
A propaganda, tanto na TV quanto no site, e ainda no próprio programa apresentado pelo Silvio Santos, às quartas-feiras, está nitidamente contra o Código Civil e contra o próprio Código de Defesa do Consumidor.
Culpa da Nestlé? Da Agência de Propaganda? Do Silvio Santos (SBT)? Nosso ordenamento jurídico fala em “Responsabilidade Solidária”, ou seja, todos os envolvidos são tidos como culpados.
Foi sem querer? Ou “foi sem querer querendo” (como diz o Chaves)? O que não dá para engolir é que empresas gigantes como Nestlé e SBT não tenham um departamento jurídico atuante que poderia (e deveria) embargar esse engodo publicitário.  
Ao perceber a manobra, ou tramóia, ou seja que nome podemos dar a isso, entrei em contato com a Nestlé, através do Fale Conosco, em http://www.promonestle.com.br/, relatando o erro ao que fui induzida pela propaganda e uma atendente ligou no meu celular, através do telefone
(11) 2123-2200, segundo ela, para esclarecer minhas dúvidas.  
Bem, o engano (eu diria mesmo enganação) começa pelas imagens da propaganda: aparecem nitidamente os produtos Caldo Maggi; Bombom (ou chocolate) Garoto; Sorvete Nestlé em pote de 2 litros; Bombons Nestlé 400g; Nestea; entre outros.
No número 90, estilizado com as marcas, aparecem os mesmos produtos e outros ainda, como: Ninho 1+; Ração Proplan, entre outros.
O engano (ou enganação) toma força com a propaganda que o próprio Sílvio Santos faz às quartas-feiras ao anunciar a promoção. Ele diz várias vezes: “Você compra qualquer produto Nestlé, procura o código promocional, que começa por M ou N, envia por SMS... ou pelo site... etc.”
Então temos: as imagens que nos mostram os produtos, o Silvio Santos que nos diz que podemos participar comprando QUALQUER PRODUTO Nestlé.
Por causa dessas informações, comprei duas caixas de caldo Maggi e uma caixa de bombom Garoto. É claro que, tendo a imagem dos produtos e ainda o Silvio Santos afirmando que “qualquer produto Nestlé” participa, ninguém vai ficar nas gôndolas do supermercado procurando código promocional, principalmente quando se está fazendo a compra do mês. A gente espera chegar em casa para concluir a inscrição dos códigos.
Pois é: na caixa de bombom não havia nada. Nem nas caixas de caldo Maggi. Então, entrei no site da promoção e... pasmem!!! Há um monte de letrinhas num rodapé dizendo que os produtos para lactentes, tipo Nan, Nestogeno (e isso está certo) não participam, mas... PASMEM DE NOVO!!! No finalzinho desse monte de letras miúdas, aparece um “linkzinho”, quase imperceptível, dizendo: “Consulte os demais produtos não participantes”. Daí, você se vê dentro de um VERDADEIRO PAIOL DE DESRESPEITO, tendo à frente incontáveis produtos não-participantes (incontáveis sim!), em letras miúdas e NUMA CONFUSÃO DE DADOS, erros de digitação e PRODUTOS QUE O BRASILEIRO COMUM, em sua maioria, NUNCA OUVIU FALAR.
NÃO DÁ PARA LER aquela quantidade de produtos NÃO-PARTICIPANTES.
E quem NEM TEM COMO ENTRAR NO SITE, seja por falta de um PC, seja por não saber lidar com a internet?... Vai se orientar pelas imagens da propaganda e pelo que o Silvio Santos fala!
Voltando à atendente, ela me disse que o produto “Bombons sortidos 400g” não participa, e que o caldo Maggi só não participa o “leve 6, pague 5”. Disse que a caixinha de 63g participa sim. Daí eu disse que na embalagem (que eu já havia jogado fora) não tinha código que começasse por M ou N, e então, PAAAASSSMMMEENNN!!!!!! Ela me disse que o código promocional estava NA PARTE DE DENTRO DA EMBALAGEM!
Mas onde estava escrito isso? Quando a propaganda aponta o código promocional, aparece na parte de fora das embalagens mostradas. NINGUÉM ADIVINHARIA que para encontrar o código da caixinha do caldo Maggi a dona-de-casa precisaria danificar a embalagem e procurar o código por dentro... e que se virasse para guardar os tabletinhos em outro lugar, já que a embalagem não poderia ser reaproveitada!    

O Código Civil vigente reza, em seu artigo 186 que:

“Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.” (Grifei).

 Ratificando a afirmativa acima, o Código de Defesa do Consumidor traz, em seu artigo 37, § 1ª:
“Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.
§ 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.”
 Finalizando, não sei se o Sílvio Santos – tão sério e honesto (pelo menos é essa imagem que ele passa), tão preocupado com o bem-estar do povo, que sempre respeitou a opinião pública, que usa de simplicidade ao lidar com o povo e que valoriza o ser humano – já foi avisado pela produção ou pelo seu departamento jurídico que (ainda que sem querer) está enganando o telespectador...
Daí, pergunto de novo: Descuido? Má-fé?
Culpa de quem: Da Agência de Publicidade? Da Nestlé? Do Silvio Santos (SBT)? 
Se o engano não fosse intencional, não seria mais fácil listar os PRODUTOS PARTICIPANTES (a exemplo da P&G)?...





sexta-feira, 7 de outubro de 2011

RAFINHA DO CQC versus AMÉRICO BUAIZ (Quem come mais?)

Qualquer ser humano que tenha um mínimo de dignidade não pode, nem por um segundo, ser conivente com a declaração ofensiva do Rafinha do CQC ao falar sobre Wanessa Camargo. E se esse ser humano for uma mulher, que também é mãe, então vai sentir repúdio por esse rapaz de aparência jovem, gozador (que faz a gente rir), que por um breve descuido falou o que não devia.
Essa história de ele dizer: “Comeria ela e o bebê” é algo (me perdoem a sinceridade) nojento!
O desrespeito a uma mulher grávida, seja ela quem for, é quase imperdoável.
Em minha opinião, o que falta nesse país é educação!
E quando eu digo educação, quero me referir às aulas de Educação Moral e Cívica, que até os anos 70, início de 80, era matéria obrigatória nas escolas. Ali se aprendia que: “o direito de um termina quando começa o direito do outro”. Aprendia-se a respeitar a pátria, os pais, os professores, as autoridades...
O País está feito barco a deriva. Ninguém respeita ninguém. Temos alunos abusados, filhos abusados, jovens abusados... e ninguém que os possa frear, principalmente tendo o Estado e suas leis que tiram dos pais, dos professores e das autoridades o direito de educar.
Esse protecionismo, essa intromissão do Estado nas famílias parece ter por finalidade apenas “fabricar” crianças e adolescentes sem noção do que é RESPEITO. E daí se transformarão em “Rafinhas” muito piores do que o Rafinha do CQC que, na verdade, pecou por extravasar uma “piada” sem graça e totalmente desrespeitosa. Programa ao vivo é uma armadilha, como já aconteceu algumas vezes na época de ouro do rádio. Cada gafe que entrou para a história.
Quanto ao senhor Américo Buaiz, sogro da Wanessa, que publicou no jornal “Folha de Vitória”, do qual é dono, uma carta aberta sobre o caso Rafinha Bastos, não podemos tirar sua razão, porém a própria carta nos dá um exemplo de como a nossa linguagem pode se tornar uma armadilha contra nós mesmos. 
O Rafinha teve a infelicidade de não pensar para falar... é como se ele não tivesse um “filtro” entre o cérebro e a boca. Mas um jornal, antes de ser editado, passa, no mínimo, por um redator e um revisor.
A impressão que se tem, pelo texto malcomposto, é que o Rafinha e o senhor Américo entraram numa disputa para saber quem “come mais”.
O Rafinha, na infelicidade do improviso, disse que “comeria ela e o bebê”... O senhor Buaiz foi mais além. No uso “indiscriminado” da palavra “como”, que deveria – até para não dar essa conotação catastrófica – ser substituída por “na condição de” ou “na qualidade de”, principalmente por ser um empresário de comunicação, parecia “comer” desvairadamente tudo (ou melhor, todos) que via pela frente.
Transcrevo, abaixo, uma parte da carta do senhor Américo Buaiz, publicada na Home Page do Yahoo. Os grifos são meus.

Como sogro, como pai, como avô, como empresário de comunicação e, principalmente, como cidadão, tenho crença de que a punição 'temporária' de não mais co-apresentar o CQC se torne permanente porque como telespectador foi um prazer não ver um cretino continuar se utilizando de um veículo de massa para satisfazer seu próprio ego.

É... Américo Buaiz 6 x 2 Rafinha (placar final).