quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Ah, se tu soubesses...

(PARA O MEU PRINCIPEZINHO)

Se tu soubesses como te amo,
virias correndo sem medo
atravessarias o muro do tempo
e no templo sagrado do meu amor
deixarias teus desejos
numa oferta de paixão.
Se tu soubesses como te amo,
Ah, se tu soubesses!…
Olharias a estrela solitária
e veria as minhas lágrimas
caindo como orvalho
a banhar o amanhecer.
E a cada entardecer
sentirias em tua alma
que faleço com o dia que passa
e renasço na esperança
do dia que chega…
apenas por te querer
e querer que chegue o dia
em que meus olhos olharão os teus.
…pararíamos o tempo por alguns instantes
e por alguns instantes seríamos felizes…
para sempre!

TE AMO!

(PARA O MEU PRINCIPEZINHO)

Sela tua alma
na minh’alma.
Bebe no cálice dos meus afetos
e faz-me sentir tuas carícias…
Na cegueira da paixão,
sê meu guia
e me conduz às tuas vibrações
mais intensas.
Percorre-me o corpo
com teus beijos
e no tremor dos meus lábios
acalenta minha ânsia.
Acalma-me até que…
quase desfalecida,
apenas os meus olhos digam tudo
tudo que verdadeiramente
desejas ouvir.
Derramo o meu coração
no altar dos teus desejos
e te permito recolher
go
ta
a
go
ta
deste amor que é só teu.

domingo, 22 de novembro de 2015

ALTERNATIVA PARA NÃO DIMINUIR A IDADE CRIMINAL DOS NOSSOS ADOLESCENTES

NÃO HÁ NECESSIDADE DE DIMINUIR A MAIORIDADE PENAL!
Levando-se em conta que a maioria dos adolescentes infratores são usados pelos traficantes e/ou assaltantes adultos.
Levando-se em conta que os bandidos adultos sabem que o menor vai para a FUNDAÇÃO CASA (antiga FEBEM), onde fica por no máximo 03 (três) anos, ou, sendo primário, é libertado em 48 a 72 horas (o que FAVORECE o tráfico e a bandidagem de modo geral), pois o menor libertado é OBRIGADO a assumir a culpa dos maiores, principalmente dos chefões do tráfico.
Levando-se em conta que esses adolescentes ao chegarem à FUNDAÇÃO CASA, nada ou quase nada é feito para ressocializá-los e, encontrando ali menores “velhos de casa”, aprendem a ser bandidos de verdade.
Levando-se em conta que os adolescentes recolhidos (presos) são muitas vezes obrigados a fazer rebeliões por ordem do tráfico ou mesmo por ordem de monitores e diretores, quando querem a mídia ocupada com um assunto enquanto os “grandões da bandidagem” agem em outras frentes.
Levando-se em conta que os políticos fazem POLITICAGEM em vésperas de eleições, concordando com a sociedade que clama pelo fim da violência, pela diminuição da maioridade penal, apenas para ganharem votos, precisamos nos mobilizar contra a diminuição da maioridade penal.
Essa sociedade que aí está, e que apoia a diminuição da maioridade penal, se esquece de que os filhos dos ricos JAMAIS serão julgados e presos quando ainda menores de 18 anos.
A SOCIEDADE não parou ainda para pensar que os “criminosos menores condenados” serão os pobres, favelados, moradores em comunidade precária, principalmente os negros, pois, para algumas pessoas e algumas autoridades policiais, a cor da pele ainda é determinante para CONDENAR alguém.
HÁ ALTERNATIVA para salvarmos esses jovens sem que precisemos enviá-los para a FACULDADE DO CRIME e onde serão RESSOCIALIZADOS, EDUCADOS, CUIDADOS e ainda PRESTARÃO SERVIÇOS À PÁTRIA e à SOCIEDADE.
Vejamos: Os menores, ao serem “recolhidos” (PRESOS) na FUNDAÇÃO CASA (rótulo bonitinho para um DEPÓSITO de DESESTRUTURADOS e PERDIDOS SEM ESPERANÇA), são TUTELADOS DO ESTADO, mas estão indo, na verdade, aprender mais sobre o crime e saem dali FORMADOS EM BANDIDAGEM.
Sendo os menores infratores TUTELADOS do Estado, qual seria a solução?
Tutor é aquele que ampara, defende, protege, guarda e encaminha a uma vida melhor.
TUTOR é aquele a quem é conferido o encargo ou autoridade de alguém, POR LEI ou testamento, para que proteja, oriente, responsabilize-se e administre os bens e/ou a vida social de uma criança ou de um menor de dezoito anos, que SE ACHA FORA DO PÁTRIO PODER, ou que tenha sido DESTITUÍDO do poder familiar (quando um menor é apreendido, recolhido (termo politicamente correto para PRESO), automaticamente está DESTITUÍDO DO PÁTRIO PODER e está sendo TUTELADO PELO ESTADO.
          O artigo 228 da Constituição Federal trata o assunto (a INIMPUTABILIDADE do menor de 18 anos), considerada cláusula pétrea (aquela que é eterna, que não se pode mudar). Da mesma forma, o artigo 27 do Código Penal e, nessa mesma linha, o artigo 104 do Estatuto da Criança e Adolescente.
Pois bem. a cláusula pétrea VAI DEIXAR DE SER PÉTREA assim que uma proposta de EMENDA CONSTITUCIONAL for votada na Câmara e no Senado, sendo sancionada pela Presidenta DILMA.
E vão votar a favor prevendo votos para a próxima ELEIÇÃO.
E que se “danem” os filhos dos pobres, os semianalfabetos, os negros, enfim, os da classe baixa e média baixa.
Considerando que pretendem EMENDAR A CONSTITUIÇÃO para colocar nossos filhos, parentes e conhecidos numa cadeia lotada de MARGINAIS, então por que não votar uma EMENDA CONSTITUCIONAL A FAVOR DE UMA VIDA MELHOR PARA ESSAS CRIANÇAS DESAJUSTADAS SOCIALMENTE?
No meu entender, se esses jovens infratores, a partir dos 16 (dezesseis anos) tivessem como “pena” o RECRUTAMENTO AUTOMÁTICO para servir às FORÇAS ARMADAS, estaríamos dando a esses jovens CONFUSOS – que, sem alternativa, se tornam CIDADÃOS A SERVIÇO DO TRÁFICO – em PESSOAS com um FUTURO PROMISSOR, pois a partir do momento em que terão responsabilidades, a partir do momento em que serão tratados como FUTUROS GUARDIÕES da Pátria, se sentirão GENTE, CIDADÃOS, PESSOAS DE BEM.
Ali, serão encaminhados a cursos, poderão se formar em uma faculdade do próprio Órgão Tutelar (Marinha, Exército, Aeronáutica), serão ORGULHO de suas famílias, terão uma sociedade que os APOIE e poderão vir a ser FUTUROS INSTRUTORES para menores infratores.
Essa é a melhor PROPOSTA de todas que foram apresentadas até agora.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

E-BOOK (KINDLE) VEIO PARA FICAR


Infelizmente, temos – principalmente nós que já passamos dos “inta” e entramos no “enta” – uma certa dificuldade em aceitar as novidades da eletrônica, da informática e afins.
Somos capazes de adquirir, por exemplo, um Smartfone de última geração e usar apenas para fazer e receber ligações... com alguma resistência, podemos nos aventurar num SMS (mas quando alguém fala em enviar um torpedo não conseguimos ligar “o nome à pessoa”.
Mas, ainda bem que somos seres humanos, erramos muito, contudo temos a humana capacidade de nos adaptarmos ao novo; temos a capacidade de evoluir, necessitando apenas da nossa vontade e da necessidade propriamente dita.
Outra coisa que a nossa cabeça dura procura, é desculpa para não mudar velhos hábitos. Uma senhora, por exemplo, que desde a mocidade passa café num coador de pano, depois que a água ferve na leiteira, dificilmente se deixará envolver por uma cafeteira elétrica. Difícil, mas não impossível. No momento em que ela percebe que para fazer um cafezinho para a “visita” não tem “precisão” de chamar a visita para a cozinha ou ficar a todo instante verificando se a água já ferveu... pois é: nesse “momento-chave”, ou “momento-cafeteira”, ela se deixa levar por uma experiência ímpar, da qual ela não conseguirá mais abrir mão.
Ela vai à cozinha, coloca água no tanque da cafeteira, coloca o filtro de papel com o pó de café (pode colocar açúcar na jarra) e volta para a sala a fim de continuar o papo. Enquanto isso, a cafeteira ferve a água, passa em pequenos jatos pelo pó e cai na jarra. Não importa se, enquanto isso, aquela senhora se distraia com a visita, olhando fotos da família, ou se lembrando de fatos da adolescência... A maquininha vai estar lá na cozinha; vai acabar de passar o café; vai desligar a potência mais alta e deixar ligada apenas a placa de alumínio que fará com que o café permaneça na temperatura ideal para ser consumido. Pronto, temos alguém que quebrou velhos hábitos e se deu o prazer de evoluir, de facilitar a própria vida.
Felizmente, nós do “antigamente”, do “não quero aprender mais nada”, do “isso nunca me fez falta” estamos “dando a mão à palmatória” e nos rendendo ao novo, ao moderno, até ainda ao que está por vir
E o mais importante: percebemos que o bicho, na verdade, só tem uma cabeça; as outras seis eram apenas minhocuçus atrapalhando nossas ideias.
Dito isso, tenho uma confissão a fazer: embora tenha trabalhado anos e anos em editoras tradicionais, principalmente fazendo revisões em calhamaços de originais, embora eu tenha oito livros editados e publicados em papel... embora eu esteja nos “entas”, descobri as vantagens de ler meus autores preferidos e outros até desconhecidos, no formato e-book. É mag!
Como diz o mineiro: “mai o trem é bão dimais!”
Sinto-me na obrigação de compartilhar com todos vocês a bênção que é baixar um e-book (e existem inúmeros gratuitos) e ler onde estiver sem carregar peso.
Quando você baixa um e-book, por exemplo, num Smartfone, você pode lê-lo no PC, no Notebook, no Android, Tablet... com um detalhe: você não precisa ficar procurando a página em que parou. Em qualquer aparelho que você abrir, a última página lida vai estar ali esperando por você.
Se você quiser comentar com alguém alguma passagem do livro e não souber em que página está, é só digitar a palavra-chave e... voilá!  
Neste link abaixo, você baixa o aplicativo grátis da Amazon.

Amei a novidade nem tão nova. E se você ainda não experimentou, faça isso e leia, leia, leia! Interaja! Seja feliz!

Benefícios do e-book
– Preço mais baixo
– Compra com um clique, sem trânsito nem frete
– Ler em qualquer lugar em qualquer dispositivo
– Sincronização de leitura, abre onde você parou de ler, independente do aparelho
– Marcar suas partes favoritas
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– Busca por palavras e índice interativo
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– Até 1000 livros em um só lugar
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– Descobrir novos autores
– Interatividade (links, músicas, vídeos…)
– Atendimento ao cliente



sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

É QUE O CORPO DELE FOI ENCONTRADO...



Eu ainda estava sonolenta, afinal eram 07h29min da manhã e eu não acordo antes das 10, não por preguiça, eu durmo muito tarde.
E aquela voz me sentenciava ao sofrimento, ao desespero e fazia com que um... choque percorresse a boca do meu estômago e se estendesse pelo peito. Mas o coração não acelerou. Tomo remédios para evitar sobressaltos e diminuir a adrenalina.
Mas também, claro, eu poderia estar sonhando. Quantas vezes eu sonhei que já havia acordada, que estava chegando ao escritório, até descobrir, num sobressalto, que havia perdido a hora do trabalho.
Ah, claro, talvez estivesse acontecendo algo surreal, afinal, passava um pouco das três da madrugada quando eu o vi chegando. Não apenas escutei. Eu o vi chegando, principalmente que eu estava dormindo na sala, num colchão de solteiro e ainda não havia pegado no sono. Na verdade, ele chegou pouco depois que eu havia acabado de desligar a televisão. Abriu a porta sem fazer qualquer ruído, entrou, fechou de-va-ga-ri-nho, auxiliando a parte de baixo com a bunda, pois a porta estava meio emperrada. Eu abri os olhos, e o vi passando por mim e indo direto para o quarto.
Como no dia anterior, eu havia brigado com ele por estar sempre chegando de madrugada, resolvi fingir que estava dormindo pra não precisar chamar a atenção dele pelo horário.
Pensei na depressão pela qual ele passava por causa da morte de minha irmã, mãe dele, que havia nos deixado no domingo de Páscoa e pensei no quanto ele estava sofrendo, já que ao amanhecer, faria cinco meses da morte da Nilce.
Pegava-o, constantemente, chorando em desespero, no cantinho do quarto onde dormia, sentado na beiradinha da cama.
Remédios para dormir... ele tomava qualquer um que encontrasse pela frente. Quando não havia mais nenhum, ele se enchia com uns quatro a cinco comprimidos de Dramim para conseguir cair no sono.
Eu tentei que ele se desabafasse comigo. Minha filha Natália conversou muito com ele, meu genro Fábio também. Tentávamos deixá-lo o mais à vontade possível, tentávamos fazer até com que ele falasse, pois era muito introspectivo. Era capaz de ficar um dia inteiro sem pronunciar uma palavra sequer, e até sem sorrir. Quando se dava ao “trabalho” de falar alguma coisa, era preciso pedir que repetisse mais de uma vez para que pudéssemos entender... Mas fazia um café que era uma de-lí-cia! Como numa certa propaganda: “Êita cafezinho bão!”
Mas naquele momento alguém me acordava perguntando pela Dona Nilce. A Dona Nilce faleceu, vai fazer cinco meses amanhã – eu disse.
Então aquela voz me perguntou meu nome e o que eu era da Dona Nilce... Quando eu respondi que era irmã dela, ele então perguntou: “A senhora, então, é tia do Pedro Constantinos Tho... mo... poulos... Filho? Ele se engasgara ao pronunciar o sobrenome do meu sobrinho, nome grego, “Thomopoulos”.
Logo depois ele perguntou: “Quem é Rondineli Jorge Lima?”
Nessa altura eu já “sabia”: o Pedro havia sido preso, ou havia sofrido algum acidente grave... talvez um tiro, uma bala perdida...
Rondineli é irmão do Pedro, mas mora no Rio – eu falei – mas como o senhor chegou a esses nomes? “Pelo cadastro da polícia civil”.
Então, agora eu tinha “certeza”. Pedro estava mal no hospital ou se envolvera em alguma briga e pediu ao policial que ligasse pra minha casa... mas ele não ia pedir para ligar para a Dona Nilce... isso então podia significar que...
“É que o corpo dele foi encontrado no Bairro Solimões, próximo ao sanatório...”
Eu me senti sem chão. O corpo dele. O corpo dele. O corpo dele... Moço, o senhor disse “corpo dele”?!? Quer dizer que...
“Ele veio a óbito.”
E eu não podia me aprofundar nas perguntas, afinal, a minha irmã Nilva (deficiente mental), apaixonada pelo “Didigo” – ela só o chamava de Rodrigo – estava acordada, no quarto ao lado.
Morreu de quê, moço? Tiro, atropelamento?...
“Isso a senhora só vai poder saber no IML.”
No IML! Meu pensamento gritava. IML... Instituto Médico Legal... cadáver... autopsia... Meu sobrinho está MORTO!!!
Desliguei o telefone, que tocou quase de imediato... alguém querendo saber se tinha plano funerário... se podia deixar um telefone para no caso de eu precisar de uma funerária... falou de vantagens no preço, na “recolha” do cadáver!... CA-DÁ-VER! Esse era agora o nome do meu sobrinho.
Mas eu tinha visto quando ele chegou de madrugada, pouco depois das três...
   Agora eu precisava falar com minha filha Natália que havia saído para a faculdade. Meu genro também estava trabalhando. Minha irmã Nilsa, minha mãe em Barra do Piraí/RJ. O irmão Rodinei que já devia estar no trabalho.
E a Nilva, ali no quarto? Ela compreende tudo que se fala... eu precisava fazer as ligações longe dela. Peguei o telefone sem fio e fui até o portão para, só então, perceber que eu estava seminua.
Primeira ligação que fiz foi pra minha filha. Pedi que viesse pra casa porque eu estava passando mal. Segurei o choro, controlei a respiração. Liguei então para o meu genro e disse: “Vem pra casa! A Polícia Civil ligou aqui e disse que encontraram o corpo do Pedro.”
A “ficha” não havia caído por completo. Ele, o Pedro, havia chegado em casa naquela quinta-feira de madrugada. Dormiu muito, levantou-se por volta de uma da tarde. Estava mancando, como se tivesse caído ou levado uma surra. Pedi a Natália que passasse dois comprimidos de diclofenaco de potássio pra ele. Ele se deitou mais um pouco e quando acordou estava andando melhor. Tomou um banho, tomou café e se sentou no sofá.
A Natália estava fazendo cachorro-quente quando ele disse que ia sair. Ela insistiu muito pra que ele ficasse, em vão, então pediu que não demorasse para poder comer o cachorro-quente.
Quando eu saí do banho, ele já havia ido pra rua. Naquele final de tarde de quinta-feira, dia 18/09/2014.
Aquela ligação na manhã de sexta-feira, 19/09 me dava conta de que não havia mais nada que eu pudesse fazer que não fosse ir ao IML.
Precisei ligar para o irmão dele, Rondinei, que havia acabado de chegar ao trabalho. A reação dele foi de desespero... O PEDRO, tia???
Ligação para Barra do Piraí. Liguei para o sobrinho Wellington que estava no trabalho (maquinista) e a reação foi de susto, de incredulidade. Pedi que avisasse à mãe dele, minha irmã Nilsa, que iria até o Bairro Belvedere levar a notícia para a minha mãe (avó do Pedro) e para o irmão dele mais velho.
Não sei o que as pessoas carregam no coração. Não sei como conseguem sentir ódio. Quer saber? Eu nem sei como é o ódio. Já senti muita raiva de muita gente, mas ódio... Ódio é um luxo a que eu não posso me permitir.
A vida já está tão desgraçada, tão violenta, tão injusta... E as pessoas ainda encontram tempo para sentir ódio! Mas por que estou me referindo ao ódio? Simples: quando minha irmã Nilsa foi ao Belvedere levar a triste notícia, de um jovem de 24 anos tirado do convívio da gente por meio de cinco tiros na cabeça, o irmão mais velho, Rondineli pulou, deu vivas, bateu palmas e festejou muito. Segundo me disseram, ele ainda afirmou que só não comprava bala e algodão doce para todas as crianças do bairro, porque estava sem dinheiro.
Sei que nunca mais a minha vida será a mesma. Não consigo dormir, mesmo a poder de remédios, porque ao me deitar, todos os acontecimentos daquele dia, em especial a voz do policial “é que o corpo dele foi encontrado” não saem da minha mente. E eu revivo o telefonema, o IML (durante o dia todo aguardando a liberação d corpo) com o vídeo apontando os nomes dos “cadáveres”. E eu devo ter lido, sei lá quantas vezes, o nome de Pedro Constantinos Thomopoulos Filho. Exame iniciado (NÃO). Previsão de liberação (13h), mas só liberaram mesmo depois das 18 horas.

Quando peguei o Boletim de Ocorrência, notei que, pelo horário que a polícia encontrou o corpo, naquela hora que ele chegou em casa vagarosamente, na verdade ele já estava morto.